RESUMO EXPANDIDO - A ASSOCIAÇÃO DE CATADORES DE MATERIAIS RECICLÁVEIS DO VALE DO PARAOPEBA PENSADA “À CONTRAPELO”: CONSIDERAÇÕES PARCIAIS DE UMA ANÁLISE DE FONTES HISTÓRICAS SOB SUPORTE VIRTUAL E HISTÓRIA ORAL

Resumo

 Estima-se que a Associação de Catadores de Materiais Recicláveis do Vale do Paraopeba – ASCAVAP – constitui-se como a mais antiga cooperativa de coleta e reciclagem solidária de resíduos urbanos de Brumadinho, Minas Gerais, município que se encontra próximo à região metropolitana de Belo Horizonte. Sua história se confunde, em grande parte, com a implantação do programa de coleta seletiva de resíduos urbanos da cidade, o que faz com que o acesso aos registros da sua história de atuação seja restrito aos materiais sistematizados e produzidos para fim de auxiliar o trabalho dos agentes municipais vinculados ao programa (Abreu, 2008). Ainda, o contexto de origem da Associação perpassa a ligação com o Sistema de Saúde Mental do município, cuja indicação dos primeiros associados envolvia pacientes julgados aptos ao trabalho e que foram incorporados ao programa como parte do tratamento e para obtenção de fonte de renda (Costa & Barros, 2013). Desde então, os registros sobre a cooperativa são escassos e dispersos. Assim sendo, levanta-se a seguinte questão: quais são as imagens e informações veiculadas na internet sobre a ASCAVAP? Será que elas condizem com a própria percepção dos integrantes da Associação? Quais são os pontos nodais de encontro e desencontro dessas percepções? Busca-se compreender a história e História atada a ASCAVAP, analisando qualitativamente aquilo produzido academicamente e não academicamente sobre o grupo ao longo do tempo a partir do Google, Google Acadêmico e da Base de Dados de Busca Integrada da PUC Minas que, por sua vez, é guarda-chuva de uma série de outras bases. Para alcançar tal objetivo, faz-se necessário identificar, sistematizar e analisar registros documentais na forma de reportagens, folhetos, cartilhas, postagens em blogs, imagens disponíveis para acesso público online. Por fim, também urgente entender, a partir da História Oral, como os associados entendem a sua própria trajetória.