RESUMO EXPANDIDO - POLÍTICAS PÚBLICAS DE FOMENTO À ECONOMIA CRIATIVA: DESAFIOS NA PLURALIDADE

Resumo

Este ensaio analisa as políticas públicas no contexto da economia criativa e a desafiadora convivência com distintos atores sociais. As políticas públicas podem ser interpretadas como meios que os governos utilizam para estabelecer a natureza, os tipos e as formas de distribuição dos bens e serviços públicos numa sociedade. Nos últimos tempos, nós temos vivenciado a emergência da economia do conhecimento, na qual tornam-se importantes funções como pensamento analítico, julgamento e tomada de decisão, percepção social, fluência de ideias e capacidade de interação. Nesse contexto, a criatividade e as atividade criativas ocupam lugar privilegiado (Scott, 2010). Especificamente para a economia criativa, há um efervescente campo de investigação e de ações aplicadas que tem possibilitado que contextos específicos possam se desenvolver por meio de ações vinculadas à criatividade (Edge et al., 2020), as quais têm sido capazes de atrair investimentos e contribuir com o desenvolvimento de regiões específicas (Cerisola & Panzera, 2021). Para a consolidação da economia criativa como um propulsor de desenvolvimento, é primordial o papel das políticas públicas. Embora a visão de economia criativa englobe, além de governos, os mais diversos atores sociais, é reconhecido a importância das ações governamentais como fomentadoras desse processo (González & Consuelo, 2008). Contudo, há um universo plural no universo da economia criativa, o que torna a operacionalização de políticas públicas uma ação desafiadora. Este ensaio tem como objetivo, discutir as limitações no campo cultural criativo sobre a efetividade das políticas públicas para a economia criativa, diante da pluralidade de entendimentos sobre a importância, o alcance e as condições de avanço no campo.