A IMPLEMENTAÇÃO DE POLÍTICAS PÚBLICAS DE GÊNERO NO BRASIL
LIMITES E AVANÇOS DIANTE DAS DESIGUALDADES PERSISTENTES
Palavras-chave:
Desigualdade de gênero, Políticas públicas, Burocracia, Administração Pública, Teorias feministas.Resumo
O estudo analisa criticamente as contradições que atravessam a implementação de políticas públicas voltadas à redução das desigualdades de gênero na Administração Pública brasileira. A partir do diálogo entre teorias feministas, estudos organizacionais críticos e abordagens sobre burocracia e políticas públicas, argumenta-se que a desigualdade persiste não apenas devido a
fragilidades instrumentais, mas também pela reprodução de racionalidades simbólicas que legitimam hierarquias e transferem responsabilidades ao indivíduo. O ensaio discute cinco eixos centrais: os limites da transversalidade como princípio operativo; os paradoxos da intersetorialidade; a produção burocrática da desigualdade e a invisibilidade do cuidado; a naturalização simbólica da subalternidade; e a retórica meritocrática como dispositivo de alienação. Conclui que a efetividade das políticas de gênero requer revisões epistemológicas, deslocamentos culturais e o reconhecimento do cuidado como dimensão política, superando as
promessas performativas que reiteram desigualdades históricas.
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