ENVELHECIMENTO SAUDÁVEL E LONGEVIDADE FUNCIONAL NO SERVIÇO PÚBLICO

UM ESTUDO DE CASO NA SEPLAD À LUZ DO ÍNDICE DE ENVELHECIMENTO ATIVO

Resumo

O envelhecimento populacional impõe desafios significativos à formulação de políticas públicas que promovam qualidade de vida para as pessoas idosas. A Organização Mundial da Saúde (OMS) instituiu a Década do Envelhecimento Saudável (2021–2030) como uma agenda global voltada à construção de ambientes e serviços que favoreçam a funcionalidade, a autonomia e a participação ativa da população 60+. Neste contexto, o presente estudo tem como objetivo analisar criticamente as estratégias implementadas pela Secretaria de Estado de Planejamento e Administração do Pará (SEPLAD) para a promoção do envelhecimento saudável entre seus servidores com 60 anos ou mais. Adota-se abordagem quantitativa, com aplicação adaptada do Índice de Envelhecimento Ativo (IEA), desenvolvido pela Comissão Europeia e pela Comissão Econômica das Nações Unidas para a Europa. Participaram do estudo 58 servidores públicos ativos, com idades entre 60 e 79 anos. Foram analisadas duas dimensões do índice: Vida Saudável e Segura, e Capacidade e Ambiente Propício. Os resultados indicam que a SEPLAD desenvolve ações relevantes voltadas à saúde física e mental, à inclusão social e ao reconhecimento da experiência dos servidores idosos. No entanto, observam-se desafios quanto à acessibilidade, escuta institucional e sistematização de indicadores. Conclui-se que a integração de estratégias baseadas em evidências, alinhadas às diretrizes da Organização Mundial da Saúde (OMS), pode contribuir para um ambiente de trabalho mais inclusivo, sustentável e orientado ao envelhecimento ativo e digno no serviço público.